Mudança de direção da China relativamente às políticas de Covid zero impulsionam o Yuan

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Na passada semana, o ranking das moedas mais valorizadas tive uma dupla improvável no topo: o Yuan chinês e o franco suiço.

O
primeiro, impulsionado pelos sinais crescentes de abandono ou abrandamento das políticas de Covid-zero por parte da China e o segundo aparentemente impulsionado pelo surpreendente discurso hawkish por parte do Banco da Suíça.

Os movimentos nos câmbios e mercados financeiros estiveram em segundo plano na medida que os mercados mantêm o compasso de espera relativamente às muito aguardadas reuniões de bancos centrais, que serão realizadas ainda esta semana. A Reserva Federal Americana, o Banco Central Europeu e o Banco de Inglaterra terão, todos, a sua última reunião do ano num espaço inferior a 24 horas. Por outro lado, os valores de inflação dos Estados Unidos e do Reino Unido serão ambos anunciados em cima das respectivas reuniões. É assim de se esperar uma enorme volatilidade nos mercados cambiais, durante esta semana.

EUR

Após uma semana invulgarmente calma na zona Euro, as atenções viram-se agora para a reunião de Dezembro do BCE. Espera-se que o Banco Central aumente as taxas em 50 bp, em conformidade com o consenso. No entanto, acreditamos que o gap entre as expetativas mínimas do mercado para passos futuros e a realidade económica é grande e aguarda-se que as comunicações do BCE conduzam a uma posição hawkish.

As projecções subestimaram – mais uma vez – a inflação, pelo que esperamos que estas sejam revistas substancialmente em alta, embora se espere que de alguma forma a inflação futura convirja para o objectivo do BCE. Também não é claro, no entanto, se alguém ainda tem em consideração estes factores, pelo que o impacto também não será relevante.

Globalmente, o posicionamento do Euro dependerá tanto ou mais de acontecimentos do outro lado do Atlântico, dado que teremos esta terça-feira a reunião da FMOC e na quarta-feira a divulgação dos dados da inflação nos Estados Unidos.

USD

A invulgar sequência entre o lançamento do IPC de Novembro na terça-feira e a reunião do FOMC no dia seguinte, dará origem a muita volatilidade no mercado. O mercado espera um novo abrandamento, ainda que ligeiro, tanto no headline como nos números subjacentes, uma surpresa em alta pode ser mais perturbadora do que uma surpresa de elevado abrandamento, uma vez que tornaria mais difícil o aguardado pivot do FOMC, relativamente a uma política mais cautelosa.

No que diz respeito à reunião da FOMC, os investidores estarão de olhos postos na divulgação do dot plot. Este gráfico dará pistas ao mercado sobre as expectativas que os membros da FMOC têm para o andamento das taxas diretoras em 2023.

GBP

A Libra esterlina obteve mais um ganho semanal face ao Euro e ao Dólar, numa semana sem grandes novidades, confirmando que, por agora, a consolidação da Libra está em alta. A reunião do Banco de Inglaterraestá em foco e nós, à semelhança de todos, mantemos a expectativa de que o Comité de Política Monetária aumente a taxa de juroem 50 p.b.

A chave será a já esperada divisão dentro do comité, ou seja, quantos dos seus membros indicarão uma divergência hawkish de 75 p.b.face aos que adoptarão uma postura dovish, com 25 p.b. Contudo, a publicação dos dados-chave do PIB, mercado de trabalho e inflação nos dias que antecedem a reunião, tornam esta previsão invulgarmente difícil.

 

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