Fortes dados no mercado de trabalho dos EUA valorizam o dólar

( tempo de leitura: 3 minutos )

O tema dominante no mercado cambial em 2024 tem sido a demonstração de força e resiliência da economia nos EUA.

N
a sequência dos fortes dados divulgados em Janeiro os mercados viram-se forçados a adiar a expectativa para a data de início do ciclo de cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal. Esta mudança ajudou o dólar a recuperar a maior parte das perdas sofridas no final de 2023. A semana passada não contrariou esta tendência.

Embora a reunião de Janeiro da Reserva Federal não tenha mexido muito com os mercados cambiais, os relatórios sobre o mercado de trabalho dos EUA levou os mercados a ajustarem a probabilidade de um corte nas taxas de juro já em Março. O facto de esta força económica não ser igualada no resto do mundo está a alimentar a recuperação do dólar, que subiu na semana passada em relação à maioria das principais moedas mundiais, incluindo todas as do G10.

Esta semana carece de divulgação de dados importantes e de eventos de política monetária nas principais áreas económicas. O rescaldo da atitude defensiva da Reserva Federal na semana passada e a evidência de uma reaceleração da economia dos EUA podem manter a maioria das moedas mundiais em desvantagem em relação ao dólar americano, enquanto aguardamos o importante número da inflação das várias áreas económicas em meados de Fevereiro. A médio prazo estes dados continuam a ser a chave.

EUR

Os dados da semana passada confirmaram que a economia da Zona Euro como um todo estagnou tanto no último trimestre de 2023 como durante todo o ano, embora tenha conseguido evitar uma recessão técnica. A inflação em Janeiro continuou a sua tendência descendente, embora o número real tenha ficado ligeiramente acima das expectativas do mercado.

Globalmente, e na ausência de uma recuperação inesperada das pressões inflacionistas, pensamos que é provável que o BCE corte as taxas antes do Banco de Inglaterra e da Reserva Federal, embora provavelmente não antes de Abril.

USD

O dólar não valorizou após a reunião de quarta-feira da Fed, apesar da forte reação do Presidente Powell contra o timing do mercado para cortes nas taxas de juro. No entanto, o relatório sobre o mercado de trabalho de Janeiro, com fortes recuperações na criação de emprego e nos salários e uma nova queda na taxa de desemprego, obrigou finalmente os mercados a reduzir para perto de zero as hipóteses de um corte em Março e a fazer valorizar o dólar.

Esta semana, poderemos assistir a alguma volatilidade quando as revisões dos dados anteriores do IPC forem divulgadas na sexta-feira.

GBP

O Comité de Política Monetária do Banco de Inglaterra aproximou-se ligeiramente de uma posição dovish na passada quinta-feira, com um membro a passar de uma posição de aumento para uma posição neutra, e outro de neutralidade para uma posição de corte. No entanto, a posição consensual no MPC é que, embora as taxas tenham atingido o seu máximo do ciclo, não há condições para cortes imediatos e o primeiro corte não ocorrerá antes do Verão, na melhor das hipóteses.

Entretanto, a libra esterlina continua a beneficiar das taxas de curto prazo mais elevadas do G10, bem como dos dados económicos modestamente melhores que temos visto recentemente, pelo menos em comparação com outros países europeus.

 

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